Santo Afonso Maria de Ligório
AFONSO, O PRIMOGÊNITO.
Dom José de Ligório e Dona Ana Catarina Cavalieri, deste casal, nasceu, em 27 de setembro de 1696, na bela residência de Marianela, Afonso Maria de Ligório, primogênito bem nascido, filho esperado de um casal da elite napolitana, teve o seu destino anunciado pelo pe. Francisco Jerônimo, jesuíta, amigo dos Ligório. Quando visitou o recém-nascido, com apenas três dias de vida, disse: Este menino viverá até a idade muito avançada, não morrerá antes de seus noventa anos. Será bispo e fará grandes coisas por Deus.
AFONSO, ARQUITETO, PINTOR E MÚSICO
A educação de Afonso foi caprichada. Ainda garoto, teve professores de gramática, literatura, poesia italiana e latina; estudou francês, grego e também filosofia, matemática, geografia, arquitetura, música e pintura. Como jovem inteligente, ele soube aproveitar todas as oportunidades que a sua condição pessoal, a energia de seu pai e o empenho dos mestres lhe ofereceram.
Em desenho, pintura, arquitetura, Afonso teve um êxito maravilhoso, desenhou varias imagem de do Menino Jesus, de Jesus Crucificado, assim como de numerosas Madonas.
AFONSO, ADVOGADO
Com 16 anos e meio, em 1713, ele recebeu o diploma de advogado e doutor. Afonso é considerado o melhor advogado de Nápoles, e neste mesmo ano de 1723, o Duque Felipe Orsini de Gravina lhe confiou uma causa complicadíssima contra Cosme III de Medicis, Duque de Toscana. Muito dinheiro estava em jogo. Estudou a fundo o processo, estava convicto da sua defesa e da legalidade da sua argumentação, todavia perdeu a causa. Do que se sabe sobre este episódio é que o poder político e o poder do dinheiro venceram a justiça.
Transtornado, após ouvir a sentença, afonso se retirou. Foi a d’água que fez vazar AQUELE POÇO DE DECEPÇOES NO Palcio da jutiça. Revoltado, teria dito, para si mesmo esta frase que ficou conhecida na sua história: MUNDO, EU TE CONHEÇO... ADEUS, TRIBUNAIS.
AFONSO, NO HOSPITAL DOS INCURÁVEIS
Afonso pertenceu ainda como estudante, à congregação dos jovens Nobre (1706-1713) e depois, já formado, a dos Doutores (1714-1716). Nessa confraria, junto com outros jovens, cuidava de 300 doentes do maior hospital de Nápoles, o Santa Maria do Povo, chamado de “Incuráveis”. Arrumava os leitos, dva banhos, cuidava das feriadas, levava as refeições, enfim, prestava qualquer serviço que fosse necessário. Durante a semana os jovens se revezavam e, aos domingos, todos iam ao hospital dos “Incuráveis”.
AFONSO, APÓS A RENÚNCIA
Logo em 1723, entrou no seminário maior de Nápoles como seminarista externo, morando na casa dos pais. Não se afastou dos compromissos anteriores juntos aos doentes que continuava a visita e a tratar regulamente. Entre as pastoral propostas pelo seminário escolheu a das “ Missões Apostólicas”e, como jovem clérigo, participou no ano seguinte, em 1724, da primeira missão em Santo Elói, um bairro muito pobre de Nápoles.
AFONSO E NOSSA SENHORA
A historia da vida de Santo Afonso mostra grandes passos dados no caminho do desprendimento e da doação total. O primeiro deles foi quando deixou os tribunais, abandonou a sua brilhante carreira de advogado; mais tarde, quando colocou a espada de cavaleiro napolitano, símbolo da sua nobreza, aos pés de Nossa Senhora das Mercês, o que significava a renuncia ao mundo. Afonso tinha um amor profundo por Nossa Senhora, onde expressa na sua obra As Glórias de Maria.
AFONSO E OS POBRES
Em 1723, devido a uma séria enfermidade, foi descansar com mais cinco jovens padres, amigos inseparáveis, em Amalfi. No caminho, o roteiro é alterados, possivelmente, por inspiração divina, e resolveram ir para santa Maria dei Monti, juntos a Scala. Todas as que se tem dessa área é que era de uma beleza paradisíaca. Região montanhosa, a mais de 1.000 metros de altura, onde moravam pessoas muito pobres, especialmente pastores e camponeses. Assim, foram os pobres interioranos, camponeses, pastores, agricultores, discriminados e necessitados de socorro espirituais que passaram a ser o preocupação de Afonso, e, entre eles, sentiu de perto a presença do Cristo Redentor.
AFONSO, PADRE E MISSIONÁRIO
Em 21de dezembro de 1926, aos 30 anos, Afonso recebeu o sacramento da Ordem na pequena capela de Santo Ângelo. Celebrou a sua primeira missa no dia seguinte, ajudado pelo irmão Antonio, já sacerdote. A atuação do pastor Pe. Afonso já se estendia a vários bairros pobres de Nápoles, inclusive atingindo os grupos miseráveis chamados de “Lazzaroni”. Conversa, consola, prega o Evangelho, converte.
A atuação de Afonso como missionário começou em Nápoles logo após a sua ordenação. Lá iniciou os trabalhos pastorais entro os pobres e descobriu que o seu caminho seria junto ao povo humilde, carente de assistência material e espiritual. Desde então comprometeu-se a estar ao lado daqueles a quem Deus amava e não eram amados pelo homens.
AFONSO E AS CAPELAS VESPERTINAS
As “Capelas da Noite” assim chamadas porque, ao finzinho da tarde, quando terminava o turno de trabalho, todos, homens e mulheres de profissão diversas como carpinteiros, pedreiros, carregadores, domésticas, humildes donas de casa, “Lazzaroni”, reuniam-se para rezar, cantar, ouvir Pe. Afonso e outros que, a essa missão evangelizadora, foram se agregando, tanto padres quanto leigos.
AFONSO E A FUNDAÇÃO
Quando Afonso, convicto da sua entrega total a Deus e os pobres, partiu para Scala, já decidido que lá criara uma ordem religiosa a fim de levar adiante o seu ideal evangelizador. Naquele tempo então, nem de longe imaginaria o alcance da sua congregação, fundada tão humildemente numa região paupérrima, contando apenas com a presença de cinco padres, um bispo, Dom Tomás Falcóia, que presidiu a cerimônia e foi o primeiro diretor da ordem, algumas freiras, entre elas, Maria Celeste Crostarosa, grande incentivadora de Afonso naquele empreendimento.
AFONSO E SUA CONGREGAÇÃO
A Congregação do Santíssimo Redentor, nasceu a 09 de novembro de 1732, logo após a chegada de Afonso a Scala, teve sua finalidade definida pelo seu criador em um texto quem escreveu em setembro de 1733:
O único fim do nosso Instituto é a obra das missões. Esta obra omitida ou mal feita, o instituto pára de viver.
Graças a Deus não parou, foi oficialmente reconhecida pelo Papa bento IV, em 1749, dezessete anos após a sua criação, quando já estavam ordenados 34 redentoristas.
AFONSO, ESCRITOR, CONFESSOR E MORALISTA
Quando suas energias de missionário incansável já estavam abaladas em conseqüência da idade e de uma saúde frágil, ele transferiu o vigor da sua fé e das suas convicções para os livros que escreveu. Somam suas convicções para os livros que escreveu. Somam-se 111 obras produzidas durante trinta anos, e foi tido como o melhor prosador religioso da Itália no século XVIII. Entre as publicações destaca-se a Teologia Moral, considerada da maior importância e que causou grande polêmica entre ele e vários dos seus contemporâneos.Completou a sua teologia moral escreveu a Prática para o confessor, a fim de orientar aqueles que, em nome de Deus, têm o poder de absolver ministros da misericórdia e não da justiça. A sua obra, a Teologia Moral, lhe deu o titulo de Doutor da Igreja que foi concedida por Pio IX, em março de 1871. Mais tarde, em 1950, Pio XII o proclama padroeiro dos confessores e Moralistas.
AFONSO, BISPO
Aos 66 anos de idade, Afonso Maria de Ligório, torna-se bispo pela graça de Deus e da Santa Sé Apostólica, deixando a congregação após 30 anos para servir a Deus como Bispo.
Como Bispo de Santa Ágata, perseguiu implacavelmente o erro onde ele se encontrava, até nos últimos refúgios. Era doce e paciente quando se tratava de injúrias pessoais, mas sentia em si vivamente a afronta a Deus e o dano causado às almas, e agia em conseqüência. Em dois anos a diocese sofreu uma transformação completa. A piedade reentrava nos santuários, a palavra apostólica nas cátedras e a ciência nos confessionários.
O SANTO AFONSO
No dia 1° de agosto de 1787, com o crucifixo e a imagem de Nossa Senhora em suas mãos, Santo Afonso partiu para o verdadeiro encontro com Aquele a quem tanto amou.
Afonso é Beatificado em setembro 1916, canonizado no dia 26 de maio de 1916, canonizado no dia 26 de maio de 1839.
MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS
A igreja missionária de Santo Afonso não tem fronteiras, não tem teto fixo, chão definido, paredes que limitem seu espaço. Cumpre o que disse Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. (Mc. 16,15).
Já se passaram mais de dois séculos e meio da Congregação do Santíssimo Redentor, C.Ss. R, hoje, os missionários Redentoristas estão presentes nos quatros cantos do planeta. Enquanto Afonso viveu, a sua congregação cresceu com ele engatinhando, andando, correndo, pregando pela Itália Foi sendo construída pelo mundo por onde transitam hoje a missão populares redentoristas, através da Europa, Ásia, África, Américas e Austrália. Nos cinco continentes estão estabelecidas Províncias e Vice-provincia do Santíssimo Redentor.
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